Assim funciona a TROIKA

>> novembro 06, 2012


A equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) que se encontra sediada em Lisboa é paga com o valor da quota do Estado português na organização. Atualmente, são 1144 milhões de euros. "São missões pro bono, que entram no fee habitual da comparticipação ao FMI", afirmou, ao Dinheiro Vivo, fonte oficial do Ministério das Finanças. Ou seja, a ajuda que os técnicos da organização, juntamente com um perito do Banco Mundial, estão a prestar no sentido de cortar 4 mil milhões de euros na despesa pública não representa um custo adicional.
A missão desta equipa é dar apoio técnico à "revisão da despesa pública pelo governo", confirmou fonte do FMI. "O Fundo disponibiliza assistência técnica de forma rotineira à reforma de finanças públicas a todos os países membros", disse a mesma fonte. A equipa é constituída por membros do Departamento de Assuntos Orçamentais, incluindo também um perito do Banco Mundial.
Na quarta-feira, o antigo presidente do PSD, Luís Marques Mendes, anunciou no programa Política Mesmo, na TVI 24, que as reuniões aconteceram nos ministérios da Administração Interna e da Defesa. De acordo com o antigo líder social--democrata e atual conselheiro de Estado, as alterações podem passar por mais concessões a privados, nomeadamente nos centros de saúde e nos transportes públicos, pelo aprofundamento da mobilidade especial na função pública e por um aumento dos copagamentos dos cidadãos na Saúde e na Educação.
No programa, Marques Mendes revelou também os timings destas alterações, afirmando que a ideia é aprovar o estudo em 2013 para depois ser implementado no ano seguinte. Assim, em novembro, o executivo apresentaria à troika de credores internacionais os princípios essenciais das reformas no Estado e depois, em fevereiro, elencaria o conjunto de medidas concretas a tomar para concretizá-los.

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