Mágico versus religioso
>> setembro 01, 2009
Quando se depõe flores aos pés da divindade, quando se lhe acende uma vela ou se lhe oferta um sacrifício, não significa que se esteja numa atitude religiosa.
Tais actos só serão religiosos se expressarem humildade, adoração ou sentida homenagem de um ser aberto e confiante no seu deus.
Se pelo contrário, os actos cultuais são marcados pela exterioridade, ou se se atribui ao acto em si um poder intrínseco e eficaz de modo que a sua não realização implique a não obtenção do favor, significa que o homem que os executa se afasta da essência do espírito religioso.
Assemelha-se, assim, ao mágico que, por atitudes especiais de encantamento, pretende aplacar e dominar forças invisíveis, de molde a que as coisas corram a seu contento. No fundo é o que se converte o religioso quando se convence de que as velas ou as flores constituem o meio propício de obter sucesso nos estudos ou nos negócios, de conseguir a cura de uma doença ou a fertilidade dos campos.
Apesar de ocultas, as forças que o feiticeiro crê dominar são meramente naturais. A ideia do sobrenatural é estranha ao pensamento mágico. Interessa mais, ao homem vinculado nesta atitude, provocar a ocorrência de fenómenos de proveito imediato e directamente ligados à natureza do que preocupar-se com a vida extraterrena ou com a salvação espiritual.
Além disso, as duas atitudes são distintas na sua essência. Se a do mágico é marcada pelo orgulho, a do religioso possui a marca da humildade.
O mágico acredita nas suas possibilidades de acção sobre as coisas enquanto o religioso, confessando a sua impotência, confia o seu destino nas mãos de um deus. O mágico impõe, o religioso submete-se.
Tais actos só serão religiosos se expressarem humildade, adoração ou sentida homenagem de um ser aberto e confiante no seu deus.
Se pelo contrário, os actos cultuais são marcados pela exterioridade, ou se se atribui ao acto em si um poder intrínseco e eficaz de modo que a sua não realização implique a não obtenção do favor, significa que o homem que os executa se afasta da essência do espírito religioso.
Assemelha-se, assim, ao mágico que, por atitudes especiais de encantamento, pretende aplacar e dominar forças invisíveis, de molde a que as coisas corram a seu contento. No fundo é o que se converte o religioso quando se convence de que as velas ou as flores constituem o meio propício de obter sucesso nos estudos ou nos negócios, de conseguir a cura de uma doença ou a fertilidade dos campos.
Apesar de ocultas, as forças que o feiticeiro crê dominar são meramente naturais. A ideia do sobrenatural é estranha ao pensamento mágico. Interessa mais, ao homem vinculado nesta atitude, provocar a ocorrência de fenómenos de proveito imediato e directamente ligados à natureza do que preocupar-se com a vida extraterrena ou com a salvação espiritual.
Além disso, as duas atitudes são distintas na sua essência. Se a do mágico é marcada pelo orgulho, a do religioso possui a marca da humildade.
O mágico acredita nas suas possibilidades de acção sobre as coisas enquanto o religioso, confessando a sua impotência, confia o seu destino nas mãos de um deus. O mágico impõe, o religioso submete-se.
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