Recusamos a divindade

>> setembro 23, 2009

Recusamos a divindade, a fim de partilhar as lutas e o destino comuns. Escolhemos o pensamento audacioso e frugal, a acção lúcida, a generosidade do homem advertido. No seio da luz, o mundo continua a ser o nosso primeiro e o nosso último amor. Os nossos irmãos respiram debaixo do mesmo céu que nós; a justiça encontra-se viva. Nasce então a alegria singular que ajuda a viver e a morrer e a qual, doravante, nos recusamos a remeter para mais tarde. À superfície da terra dolorosa, ela é o joio pertinaz, o amargo sustento, o vento áspero que vem dos mares, a antiga e nova aurora. Com ela ao longo dos combates, refaremos a alma deste nosso tempo e um mundo que nada excluirá.

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